30 de mar. de 2011

GERAÇÃO Y

Há poucos dias, vi numa reportagem da televisão o perfil do atual profissional da chamada geração Y. O que me chamou atenção foi a multiplicidade de atividades desenvolvida pelo profissional. Ao mesmo tempo ele acessa os comunicadores instantâneos (MSN), escuta mp3 no celular e desempenha as funções pelas quais é pago.
Você deve estar se perguntando: Mas esse profissional vai fazer a maior confusão.
Surpreenda-se. A resposta é Não.
Este é o perfil do novo profissional “Hi Tech”. Eu sei para nós isto é difícil de admitir. Até a geração x, enxerga este tipo de atitude como errada. Eu que faço parte da geração anterior a X, no momento em que digito este pequeno ensaio, estou escutando música e com o MSN aberto, mas confesso que ao me concentrar em uma coisa, desconcentro-me de outra. Mas não tem volta, este é um processo que não podemos impedir. Assim como não podemos controlar a Internet. O que se deve fazer é a readaptação a este novo tipo de comportamento.
As empresas hoje que trabalham com tecnologias já estão há muito tempo utilizando o procedimento de permitir ao profissional que desenvolva suas habilidades do seu modo, no seu tempo, mas com limite de conclusão. Estou falando de empresas como a Microsoft, Apple e Google. Você recebe pelo que faz. É como um serviço comissionado. Quanto mais produzir com qualidade mais recebe. Há, e você é reconhecido por isso.
Hoje temos que abandonar o trabalho, pelo menos no canal tecnológico com um horário específico de funcionamento. Podemos fazer compras, pagar contas pela internet independente do horário. No futuro e bem próximo, a maioria das atividades profissionais serão realizadas sem um horário especifico. Nós professores sabemos muito bem o que é trabalhar fora do horário pelo qual somos “pagos”.
Como sou profissional da educação, não consigo de me abster de relacionar a geração y com a educação.
Os universitários de hoje, recebem e entregam trabalhos via ambiente EAD (ensino a distância) no site da própria instituição, com data limite apenas para entrega.
Muitos cursos de graduação e pós-graduação são feitos de forma EDA em quase sua totalidade. Eu mesmo concluí uma especialização em dezembro de 400 horas.
E posso afirmar que estes tipos de curso exigem muito do aluno. Literalmente quem não se empenhar, não consegue conclui-los.
Esta é a geração Y, e como será a Z e as outras?
Alunos com tablet (aquelas telinhas que os apresentadores de jornal estão usando) são verdadeiros computadores móveis, substituindo cadernos e livros.
O tempo dirá.

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